PHILTRU
Marcelo Dantas
07 de Dezembro 2013 a 12 de Janeiro 2014
A proposta/experiência proporcionada pelo pavilhão Kairos, revela-se profundamente pertinente na relação com o tempo e o lugar em que vivemos; acelerados, incaracterísticos e alienantes, tornando absolutamente necessário encontrar ou criar momentos e lugares de referência para a reflexão sobre as prioridades e os parâmetros que regem a vida do ser urbano.
Na experiência vivida no espaço do pavilhão, identifica-se o potencial ainda em aberto de se definir com maior precisão os momentos de transição para o seu interior. Não como uma porta, antes como um filtro, algo que estimule e desperte todos os nossos sentidos, preparando-nos plenamente para um novo tipo de relação com o espaço e o tempo.
A proposta apresentada, procura então reforçar a experiência de utilização do espaço, pelo modo como se marcam as transições para o seu interior. A proposta assume-se em contraste com sistema o do pavilhão, ainda que partilhe o mesmo carácter elementar do ponto de vista conceptual e construtivo, e nele se integre numa lógica quase simbiótica. O filtro proposto deverá equilibrar as noções de limite, densidade ou transparência na procura do estimulo de todos os sentidos dos utilizadores, aquando da transposição física para o interior do pavilhão.
Ocorre a visão arquétipa da entrada numa gruta através de uma cascata, que ao mesmo tempo que esconde uma realidade distinta, obriga à vivência de uma intensa experiência aos que estiverem realmente dispostos a atravessá-la. Esta experiência táctil, visual e sonora transporta-nos para um nível de alerta e consciência mais elevados, aumentando exponencialmente a capacidade de percepcionar e viver experiência do estar no interior do pavilhão.
[ING]
The given experience from KAIROS pavilion reveals itself to be deeply relevant in relation to the time and place in which we live; accelerated, uncharacteristic and alienating, making it absolutely necessary to find or create moments and places of reference for reflection on the priorities and parameters that should govern the life and thought of the contemporary urban inhabitant.
While experiencing the pavilion, one identifies the potential to define more precisely the moments of transition to its interior. Not like a door, mostly as a filter, something that stimulates and awakens all our senses, preparing us fully to a new kind of relationship with space and time.
The proposal should then seeks so strengthen the experience of using the space, by the way of defining the transitions to the interior. The proposal is assumed to be in contrast to the pavilion´s system, even though it shares the same binding elementary conceptual point of view, constructive simplicity and it is integrated to the pre-existing structure in a logic almost symbiotic. The proposed filter must balance the notions of limit, density and transparency in the search of a stimulation to the all senses of the users when going inside the pavilion.
By this, there occurs an archetypal vision of a cave entrance through a cascade, that while hiding a different reality, requires the facing of an intense experience for those who are really willing to walk through it. This experience; tactile, visual and sonorous transports us to a higher level of alertness and consciousness, increasing exponentially the ability to perceive and live the experience of being inside the pavilion.